Carol
A minha irmã MARIA CAROLINA
Sempre ousada e sem dar muita importância,
Alegre, rindo, assim meio traquina,
Às diabruras sutis da sua infância.
Correndo em Forte Velho, inda menina,
Com seu porte infantil ... Mui elegância...
Colhia flores virgens na campina,
Pois, não usava nunca a petulância.
Hoje a vejo, assim, nos seus oitenta,
Sabendo que seu ser inda sustenta
Eflúvios musicais em sibemol.
Agora sua vida de ventura
Simboliza uma estrofe de ternura
Numa sublime sonata, OH ! C A R O L.
Ernane Ferreira Soares/Seu mano GALEGO ERNANE
João Pessoa-PB,29 de maio de 1989.