António Augusto de Figueiredo Carvalho (meu bisavô português que migrou para o Brasil-engenheiro)
António Augusto de Figueiredo Carvalho
*13.06.1859 Freguesia de Torjal - Viseu (Satão-Sattam) - Portugal
+ 28.10.1926 João Pessoa-PB Brasil
Filho dos portugueses:
José Maria Dias de Carvalho e Marianna Augusta de Figueiredo
Site português: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=133733)
Neto de:
José Diaz de Carvalho e de Maria do Carmo Diaz de Carvalho (avós paternos)
José Maria Carneiro e de Mariana Norberta Carneiro (avós maternos)
Irmão do Lopo José de Figueiredo Carvalho (médico que permaneceu em Portugal)
Fontes:
Conversas com familiares, Documentos, Sites e Livro:
https://www.familysearch.org/pt/
Site português: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=133733
Casou duas vezes e teve um total de quinze filhos
O primeiro casamento foi com Maria Eufrozina Ferreira de Barros, no dia 17.06.1882 em Salvador-BA-Brasil descrito nesta página
Maria Eufrosina de Figueiredo Carvalho *Salvador-BA 1869 (ano provável) +João Pessoa-PB 29.06.1891
Filhos de António Augusto e Maria Eufrozina, de acordo com documento para inspeção de Montepio, que se encontra no final desta página
1) António Augusto de Figueiredo Carvalho * 15.03.1883 Recife-PE. + João Pessoa-PB
Batismo 09.03.1884 na capela de São José dos Manguinhos Freguesia das Graças Recife-PE
2)Mariana Augusta de Figueiredo Carvalho * 13.02.1885 Recife-PE
Batismo 16.08.1885 na capela de São José dos Manguinhos Freguesia das Graças Recife-PE
3) Henriqueta Augusta de Figueiredo Carvalho * 07.01.1887 João Pessoa-Paraiba
Batizada na igreja São Pedro Gonçalves no dia 27 de maio de 1888
4) Maria Angelina Augusta de Figueiredo Carvalho * 06.02.1888 João Pessoa-PB
Batizada na igreja de São Pedro Gonçalves
5) Rosa Augusta de Figueiredo Carvalho * 07.02.1890 + 08.08.1964 João Pessoa-PB
6) Judith Augusta de Figueiredo Carvalho **01.06.1891 em João Pessoa-PB
Informações sobre filhos e familiares do António Augusto e Maria Eufrosina no decorrer desta página
Enviuvou no dia 29.06.1891, quando já morava em João Pessoa-PB-Brasil
Viúvo, casou com Joaquina Augusta de Figueiredo Carvalho (mãe Quininha) no dia 17.12.1892 em João Pessoa-PB
António Augusto de Figueiredo Carvalho, chegou ao Brasil em 22.10.1873, como caixeiro viajante, durante o reinado de Dom Luiz 1º como consta neste documento de número 140700, do Consulado de Portugal no Recife-PE
Documento do Consulado em Pernambuco
Tinha 20 anos de idade. Solteiro, cabelos e olhos castanhos, bigode e pele branca
Antônio Augusto possuía um dedo a mais na mão direita e um dedo a mais em cada pé. Era conhecido como Carvalho 21, pois não sabiam que tinha a mesma anomalia nos pés, e quando o chamavam de Carvalho 21, ele corrigia com bom humor: Carvalho 23!
Engenheiro, trabalhou na construção dos portos de Salvador-BA, Recife-PE e João Pessoa-PB
Salvador
Recife
Cabedelo-Paraíba
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António Augusto de Figueiredo Carvalho e Maria Eufrozina de Figueiredo Carvalho
Em Salvador, conheceu Maria Eufrosina de Figueiredo Carvalho
* 1869 (ano provável), em Salvador-BA (Brasil) +29.06.1891, em João Pessoa-PB (Brasil)
Filha do alemão Diogo Werner de Barros e da brasileira baiana, Francisca Ferreira de Barros
Antônio Augusto e Maria Eufrozina casaram no dia 17.06.1882 em Salvador-BA no oratório particular na freguesia Senhora Sant' Anna.
Ela casou com 14 anos. Ele aos 30
Certidão do casamento religioso
Maria Eufrozina de Figueiredo Carvalho
* 1869 (ano provável), em Salvador-BA (Brasil) +29.06.1891, em João Pessoa-PB (Brasil)
A trabalho, Antônio Augusto foi morar no Recife, onde nasceu o primeiro filho do casal, Antônio Augusto
Concluído o trabalho no Recife, mudou com a família para a Paraíba, para executar obras no Porto de Cabedelo na função de Condutor da Comissão de Melhoramento
Estabelecendo-se a princípio no município de Barreiras, hoje Bayeux, onde adquiriu propriedades e passava as férias com a família
O Prefeito de Santa Rita, por Barreiras ser distrito da mesma, colocou o nome do Antônio Augusto em uma das principais ruas cidade: Avenida engenheiro de Carvalho
Avenida Engenheiro de Carvalho (Bayer-Paraiba-Brasil)
Por ser proprietário do casarão onde funcionou por longos anos a Prefeitura Municipal de Bayeux, em frente a casa do MInistro José Américo de Almeida, conseguiu uma parada obrigatória para os trens do distrito de Barreiras
Com o falecimento do Antônio Augusto de Figueiredo Carvalho em 1929, o casarão foi herdado pelo filho Nelsom Augusto de Figueiredo Carvalho, filho do seu segundo casamento com Joaquina Augusta de Figueiredo Carvalho (mãe Quininha). Nelsom viveu alguns anos no casarão e depois o vendeu
Depois fixou residência em João Pessoa-PB, onde assumiu a chefia dos estudos sobre a construção do Porto na enseada de Tambaú, permanecendo no cargo por um ano
Foto Casa do vovô Carvalho
Rua da Areia-700 (antiga rua Barão de Passagem) João Pessoa-PB
Uma bonita casa com escadaria em mármore e oratório.
Participou do projeto de canalização da água da cidade de João Pessoa, como Diretor de Obras Públicas do estado da Paraiba, em maio de 1895
Barragem do açude de Marés (abastece a cidade de João Pessoa)
Marés (foto recebida Maria Carolina, minha tia)
A água que abastece João Pessoa veio da propriedade das Marés, que pertencia a mãe de Luiz Cousseiro (Helena) e de seu segundo marido (Abdo) padrasto de Luiz (Lu), que mais tarde se tornaria marido de Mª Carolina Ferreira soares/Soares Cousseiro (Ló), neta de António Augusto e filha da Maria Angelina de Figueiredo Carvalho-Gila
Ainda no ano de 1895, em 24 de agosto, o engenheiro Antônio Augusto de Figueiredo Carvalho iniciou a construção da Ferrovia Ferro Carril. O material para a ferrovia, foi adquirido em Berlim com a firma Katzemsteim e Kappel, chegando pelo navio Luma em 25 de março de 1896. A inauguração da Ferro Carril ocorreu em 06 de junho de 1896. Como inicio construiu o prédio que iria servir de escritório da Companhia, ao lado da antiga "Great-Western", onde trabalhou como engenheiro em Cabedelo. Depois a Great-Western passou a se chamar RFFSA (Rede Ferroviária Federal S/A) atual Companhia Brasileira de Transportes Urbanos
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Teatro Santa Rosa
Foi um dos fundadores, sócio proprietário e benemérito do Teatro Santa Rosa. O jornal "A Gazeta do Comércio" do dia 30 de janeiro de 1896, fez um agradecimento ao engenheiro Diretor António Augusto, pela solicitude na substituição da corda do lustre do Teatro Santa Rosa por uma corrente de ferro
E ainda registra o melhoramento introduzido ao teatro pela inauguração de dois bonitos lampiões
Casa da Pólvora
A casa da Pólvora de arquitetura Militar, está situada no centro da cidade de João Pessoa-PB, na Ladeira de São Francisco. De grande valor histórico, o prédio foi tombado pelo IPHAN. Encontra-se sobre os alicerces do antigo forte edificado em 1585. Em 1711, entrou num processo de deterioração, não se encontrando referências quanto ao seu uso por quase 200 anos, quando em 1902 passou a ser depósito de explosivos destinados a uma companhia de pesca. Por ser uma construção de caráter oficial pertenceu primitivamente a Coroa Portuguesa. Com a independência, até o ano de 1902, passou a ser um próprio nacional. Foi então arrematada em leilão pelo engenheiro Antônio Augusto de Figueiredo Carvalho que tratou de conservá-la. Quando da sua morte coube como herança a um filho que a vendeu http://memoriajoaopessoa.com.br/acervopatrimonial/60.pdf
Todos os anos no dia do seu aniversário (13 de junho dia de Santo Antônio), Antônio Augusto era homenageado pela Banda de música do Estado da Paraíba
Livro que pertenceu a Maria Carolina (Ló-neta do Antônio Augusto e minha tia)
Fontes:
Livro Roteiro Sentimental de Uma Cidade com nformações sobre Antônio Augusto de Figueiredo Carvalho:
Entrevistas com familiares
Internet e livro "Roteiro Sentimental de uma Cidade", do jornalista e escritor paraibano Walfredo Rodriguez (Portos, Projeto de canalização, Teatro Santa Rosa etc.)
Santo Antônio. Imagem vinda de Portugal nos braços do António Augusto
Santo Antônio que pertenceu a Antônio Augusto e Maria Eufrozina. Depois pertenceu a sua filha Maria Angelina, passando para a neta Giselda (minha mãe) e em seguida para a bisneta Geíza (minha irmã). Hoje pertence a trineta Myrian, filha de Geíza
História: António Augusto trouxe de Portugal o Santo Antônio que ganhou de presente da sua mãe Leolpoldina, para protegê-lo na viagem ao Brasil. Os dois eram devotos do santo
Deu a imagem para a minha avó Maria Angelina (Gila), sua filha, na ocasião do nascimento da filha Giselda (primeira neta de António Augusto e Maria Eufrosina). Depois a imagem passou a pertencer a Geíza (minha irmã), por ocasião do nascimento de Myrian, primeira neta de Maria Angelina
Surgiu assim uma tradição de família, passando o Santo de uma geração a outra, a partir do nascimento da neta mais velha.
Seguiu o Santo Antônio para Geíza, quando nasceu Myrian, primeira neta de Giselda e trineta do António Augusto.
Agora o santo é de Myrian, filha de Geíza, que o recebeu quando nasceu Yasmin (primeira neta de Geíza). Pertencerá a primeira neta de Myrian e assim por diante
Trouxeram da Bahia, Nossa Senhora do Bom Parto, Santo Antônio e um crucifixo todos em Madeira, oratório e cômoda em pinho de riga com todo seu enxoval
Maria Eufrozina tinha um santuário, com várias imagens de santos. Alguns foram distribuídos entre as filhass
Santuário que pertenceu a António Augusto e Maria Eufrozina. Depois pertenceu a filha Henriqueta, passando para a neta Rosali. Hoje pertence ao bisneto Otávio
Uma lenda da família é a história contada Mª Angelina (Gila-Minha avó)-filha de Antônio Augusto e Eufrozina. Aconteceu durante uma apresentação de uma companhia européia no teatro Santa Rosa, em João Pessoa-PB. António Augusto assistia ao espetáculo na frisa que pertencia à família. No decorrer da apresentação, um funcionário veio avisar ao António que um frade Franciscano queria lhe falar com urgência e o esperava em frente ao teatro. O engenheiro deixou o camarote e se dirigiu à saída do teatro. Chegando ao local, o frade que se encontrava do outro lado da rua, fez um sinal com a mão, pedindo para que o seguisse e António obedeceu. Neste momento houve uma explosão no teatro, exatamente no camarote (frisa) da família, localizado próximo ao palco, provocada por uma substância usada no espetáculo. Quando António se voltou, o frade havia sumido. Muito devoto, António Augusto morreu afirmando, que o frade seria Santo Antônio.
Filhos de António Augusto e Maria Eufrozina:
1) António Augusto de Figueiredo Carvalho, 2) Mariana Augusta de Figueiredo Carvalho, 3) Henriqueta Augusta de Figueiredo Carvalho, 4) Maria Angelina Augusta de Figueiredo Carvalho, 5) Rosa Augusta de Figueiredo Carvalho e 6) Judith Augusta de Figueiredo Carvalho
1) Antônio Augusto de Figueiredo Carvalho Filho
Antônio Augusto
António Augusto de Figueiredo Carvalho Filho *15.03.1883 Recife-PE +
Batizado em 09.03.1884 na Capela de São José do Manguinho, Freguesia da Graça, Recife-PE
Foi enviado a Portugal, sendo educado pelos avós paternos. Voltou ao Brasil ainda jovem e casou com uma bela mulata. Morava em Tambaú João Pessoa-PB. Faleceu jovem, vítima de diabetes
2) Mariana Augusta de Figueiredo Carvalho *13.02.1885 Recife-PE
Batizada em 16.08.1885 na Capela de São José do Manguinho, Freguesia da Graça, Recife-PE.
Conhecida por sua beleza. Deu o nome de sua mãe (Mª Euphrosina) à sua filha
3) Henriqueta Augusta de Figueiredo Carvalho
Henriqueta e Eudócio
Clicar no nome de Henriqueta, para direcionar a página da sua família
4) Maria Angelina Augusta de Figueiredo Carvalho
Maria Angelina e Adolpho
Clicar no nome de Maria Angelina, para direcionar a página da sua família
5) Rosa Augusta
Rosa Augusta de Figueirêdo (tia Loló) e João de Sousa Falcão
Rosa Augusta de Figueiredo Carvalho (tia Loló) *07.02.1890 João Pessoa-PB +08.08.1964 João Pessoa-PB
Batizada na Igreja de São Pedro Gonçalves localizada em João Pessoa-PB-Brasil
Casou com João de Sousa Falcão, que era Pastor, no dia 28 de janeiro de 1933 em João Pessoa-PB e não tiveram filhos
João de Souza Falcão *1889 + 05 de fevereiro de 1973 em João Pessoa-PB
Pais de Falcão: Padre Luiz de Souza Falcão e Francisca Maria da Conceição
Irmãos de Falcão: Luiz de Souza Falcão, Corina Souza Falcão
Criou os filhos de Falcão, que era viúvo. Gerusa, sua enteada, a tinha como uma mãe muito amorosa
Tia Loló nos finais de de semana hospedava em sua casa no centro de João Pessoa Carolina (Ló), Giselda e Gilena (suas sobrinhas filhas de Mª Angelina), que eram internas no Colégio das Neves, enquanto aguardavam o barco que as levariam de volta a Forte Velho(Propriedade de Carolino Ferreira Soares, localizada no Distrito de Santa Rita-PB).
Fronha com a coroa portuguesa e iniciais A.A.F.C. bordada por tia Loló para seu pai António Augusto
6) Judith Augusta de Figueiredo Carvalho-Nascida em *01.06.1891 em João Pessoa-PB +
Batizada na Igreja de São Pedro Gonçalves-João Pessoa-PB
Casou muito jovem com José Vicente Ferraro no dia 28 de junho de 1913
Vicente Ferraro era filho de Jacomo Ferraro e Amélia Carlote Ferraro
O casal teve uma filha de nome Glória,que depois de casada, foi morar no Rio de Janeiro. Glória aos 26 anos, era uma das avós mais jovens de João Pessoa
Judith e o marido tinham uma situação financeira privilegiada. Possuiam uma propriedade na enseada de Cabo Branco, com várias casas de veraneio, onde os irmãos se hospedavam. A casa maior era ocupada por sua irmã Gila (minha avó) por ter a família mais numerosa
Venderam a propriedade na década de 1940 por cinco contos de réis
Judith foi admitida numa como professora numa escola na cidade de Umbuzeiro-PB
Relação da família de António Augusto para efeito de montepio